Fiocruz vai entregar vacina contra a Covid-19 em fevereiro
A partir de 22 de fevereiro, já poderão ser entregues cerca de 700 mil doses diárias de vacinas para o Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde
Publicado em 24 de dezembro de 2020
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Nesta semana, A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participou de audiência online da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, na Câmara dos Deputados. Nísia informou que a previsão é que a Fundação entregue 1 milhão de doses da vacina Fiocruz contra a Covid-19 produzidas na semana de 8 a 12 de fevereiro.

A partir de 22 de fevereiro, já poderão ser entregues cerca de 700 mil doses diárias de vacinas para o Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde. “A partir do acordo de encomenda tecnológica e a transferência de tecnologia estamos responsáveis para o desenvolvimento da vacina originalmente criada na Universidade de Oxford e licenciada à farmacêutica AstraZeneca. Esta será a vacina da Fiocruz, com total incorporação dessa tecnologia”, disse a presidente, confirmando que o ingrediente farmacêutico para produção será recebido pela Fiocruz em janeiro. A produção deverá ser certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além do próprio registro da AstraZeneca.

“A instituição está unida no esforço global para antecipar essa imunização com doses de outros países para vacinar nossa população o mais rápido possível. Além disso, vamos apoiar o PNI na formação e treinamento de pessoas, além de auxiliar no controle de qualidade das vacinas”, disse ela, reforçando também a importância da coordenação da vacinação no Brasil pelo PNI, um dos grandes esteios do SUS.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, apresentou o plano para operacionalização da vacina contra a Covid-19, que estabelece ações e estratégias para a vacinação no Brasil, elenca grupos prioritários e visa otimizar os recursos existentes e instrumentalizar estados e municípios para a vacinação. Organizado em dez eixos de atuação, o plano prevê a adesão do Brasil às seguintes vacinas: consórcio Covax Facility, Oxford/Astrazeneca, Pfizer, Instituto Butantã, Bharat Biotech, Moderna e Janssen. Entre outros investimentos do governo federal ele destacou a Medida Provisória 1.015/2020, assinada semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, que libera R$ 20 bilhões para a compra de vacinas em 2021.

O país conta com 38 mil salas de vacinação, podendo chegar a 50 mil postos em períodos de campanhas. Os critérios para a definição dos grupos prioritários são a manutenção do funcionamento de serviços essenciais, com foco nos trabalhadores da saúde que se encontram mais expostos ao vírus e a situação epidemiológica, contemplando grupos de maior risco de agravamento e óbito. Vários deputados lembraram que as pessoas com deficiência deveriam ser consideradas um grupo prioritário para vacinação.

A coordenadora-geral do PNI, Francieli Fontana Sutile Taredetti Fantinato, ressaltou que o plano será alterado na parte das fases de imunização, na medida em que as doses de produção das vacinas forem ampliadas e citou o curso Vacinação para a Covid-19: protocolos e procedimentos, que está sendo elaborado pela Fiocruz e será oferecido online para os profissionais da saúde. Segundo ela, está previsto um convênio também com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, para a formação dos profissionais.

A atividade foi organizada pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o enfrentamento à pandemia da covid-19 no Brasil.

Fonte: *Agência Fiocruz
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