Indígenas reclamam de falta de demarcação de terras no Norte do RS
Grupo de indígenas tentou ocupar uma fazenda de treinamento da Brigada Militar, quando houve confronto
Publicado em 20 de fevereiro de 2018
Indígenas de uma reserva no Norte do Rio Grande do Sul estão mobilizados pedindo agilidade na demarcação de terras. Na semana passada, um grupo tentou invadir uma área de fazenda da Brigada Militar em Passo Fundo.
As famílias Kaigang seguem acampadas em uma reserva próxima, e dizem que vão continuar mobilizados em busca do processo de demarcação. Eles criticam ainda a ação da Brigada Militar, que eles consideraram excessiva.
Na quinta-feira (15) passada um grupo de indígenas tentou se fixar na área que fica que fica às margens da BR-285, em Passo Fundo. O local funciona como um centro de treinamento de policiais, que está dentro de uma área de preservação ambiental.
A Brigada Militar diz que tentou dialogar com os indígenas, mas houve confronto, e os índios decidiram não ficar no local.
Eles vivem na aldeia em Campo do Meio, no município de Gentil. De acordo com as lideranças, são cerca de 300 indígenas que moram no local.
"A retomada é aqui no Campo do Meio e é aqui que nós vamos lutar, mas por parte desse grupo, pela demora do estado, esse grupo está indo, procurando uma terra do estado", disse o cacique Daniel Carvalho.
O indígena Mateus Carvalho diz esperar que a Fundação Nacional do ìndio (Funai) ou o governo do estado apontem alternativa. "Nós temos bastante filhos, e nossos filhos precisam de um pedaço de terra para começar a plantar algumas coisas".
Após o confronto com os policiais militares, os indígenas pediram providências ao Ministério Público Federal. Eles reclamam de abuso de autoridade, e que alguns ficaram feridos na ação.
"Começaram já atirar entre as crianças. As crianças saíram de dentro da barraca porque soltaram gás em cima. Queimaram as barracas em cima das crianças. As mulheres que estavam guardando as crianças saíram junto. No meio das crianças foram atirando, atirando e as crianças chorando", afirma Quirino Carvalho.
A Brigada Militar diz que os policiais agiram dentro da lei, e que houve resistência por parte dos indígenas para sair do local. O comando da BM diz que dois policiais ficaram feridos.
Em relação à demarcação de terras que é pedida pelos indígenas, o Ministério da Justiça e a Funai não deram resposta. Sobre a denúncia de abuso de autoridade, o MPF diz que recebeu as reclamações, mas ainda não irá se manifestar até a análise da situação.
As famílias Kaigang seguem acampadas em uma reserva próxima, e dizem que vão continuar mobilizados em busca do processo de demarcação. Eles criticam ainda a ação da Brigada Militar, que eles consideraram excessiva.
Na quinta-feira (15) passada um grupo de indígenas tentou se fixar na área que fica que fica às margens da BR-285, em Passo Fundo. O local funciona como um centro de treinamento de policiais, que está dentro de uma área de preservação ambiental.
A Brigada Militar diz que tentou dialogar com os indígenas, mas houve confronto, e os índios decidiram não ficar no local.
Eles vivem na aldeia em Campo do Meio, no município de Gentil. De acordo com as lideranças, são cerca de 300 indígenas que moram no local.
"A retomada é aqui no Campo do Meio e é aqui que nós vamos lutar, mas por parte desse grupo, pela demora do estado, esse grupo está indo, procurando uma terra do estado", disse o cacique Daniel Carvalho.
O indígena Mateus Carvalho diz esperar que a Fundação Nacional do ìndio (Funai) ou o governo do estado apontem alternativa. "Nós temos bastante filhos, e nossos filhos precisam de um pedaço de terra para começar a plantar algumas coisas".
Após o confronto com os policiais militares, os indígenas pediram providências ao Ministério Público Federal. Eles reclamam de abuso de autoridade, e que alguns ficaram feridos na ação.
"Começaram já atirar entre as crianças. As crianças saíram de dentro da barraca porque soltaram gás em cima. Queimaram as barracas em cima das crianças. As mulheres que estavam guardando as crianças saíram junto. No meio das crianças foram atirando, atirando e as crianças chorando", afirma Quirino Carvalho.
A Brigada Militar diz que os policiais agiram dentro da lei, e que houve resistência por parte dos indígenas para sair do local. O comando da BM diz que dois policiais ficaram feridos.
Em relação à demarcação de terras que é pedida pelos indígenas, o Ministério da Justiça e a Funai não deram resposta. Sobre a denúncia de abuso de autoridade, o MPF diz que recebeu as reclamações, mas ainda não irá se manifestar até a análise da situação.
Fonte: Bruna Casali/JornalismoBarrilFM com informações G1RS
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