A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que o Rio Grande do Sul irá reduzir a área cultivada de trigo em 6,5% nesta safra, ante o ano anterior. Conforme projeção divulgada ontem pela instituição, em seu 7° Levantamento de Safra, o cenário aponta para uma área semeada de 1.4 milhão de hectares, ante a de 1,5 milhão de hectares cultivados em 2023.
Frente à colheita frustrada do acereal no ano passado, a companhia estima um aumento de 51,1%. A projeção é que a safra gaúcha de trigo passe de 2,89 milhões de toneladas em 2022/23 para 4,37 milhões de toneladas em 2023/2024.
Também há expectativa de ampliação na produção de cevada, de 82,5 milhões de toneladas para 122,4 milhões de toneladas (+48,4%), de centeio (+56%), de triticale (+36,3) e de aveia (25,7%). Com redução apenas na colheita da canola (-7,9%), a safra total de inverno do RS foi estimada em 5,5 milhões de toneladas, frente a 3,81 milhões de toneladas obtidas no ciclo anterior (+44,3%).
A recuperação dos cultivos de inverno após o El Niño enfrentado principalmente na primavera passada também é projetada para a soja, com 21,88 milhões de toneladas, frente às 13 milhões de toneladas de 2022/23 (+68,1). O resultado conta com um aumento de 1,8% na área plantada, que soma 6,67 milhões de hectares.
A estatal projeta ainda uma safra de 5,13 milhões de toneladas de milho (+37,5%) e de 7,47 milhões de toneladas de arroz (+7,8%) no Estado. Para o feijão gaúcho, são projetadas 77,8 mil toneladas (+10%).
Com isso, a perspectiva é que o Rio Grande do Sul colha uma produção de 40,09 milhões de toneladas de grãos em 2024. O volume estimado é 45,3% superior ao da safra 2022/23, bastante afetada pela estiagem. “Essa recuperação coloca o Estado na posição de segundo maior produtor do grão no País, ficando atrás apenas do Mato Grosso”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Em nível nacional, a companhia aponta nova queda e projeta a safra 2023/24 em 294,1 milhões de toneladas. O tombo é de 8% frente ao recorde de 319,8 milhões de toneladas de 2022/23. Comparativamente à previsão de março, de 295,5 milhões de toneladas, há redução de 1,52 milhão de toneladas atribuída à soja e ao milho.