Acidente aéreo da Chapecoense completa sete anos
Publicado em 29 de novembro de 2023
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O acidente aéreo envolvendo a delegação da Chapecoense, às vésperas do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana em 2016, completou exatos sete anos nesta terça-feira (28).  Na ocasião, o avião que levava toda a comissão técnica, jogadores da Chape e alguns integrantes da imprensa, acabou caindo ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín. A causa da tragédia que tirou a vida de 71 pessoas foi o esgotamento de combustível da aeronave, resultado da falta de gestão de risco apropriada pela Lamia, empresa responsável pelo transporte dos passageiros. Sem o combustível, os motores pararam de funcionar, e o avião planou até bater.

O mundo do futebol se voltou para Chapecó e se convalesceu pelo acidente que ceifou a vida de tantos jogadores, do técnico Caio Júnior e nomes destaque da imprensa, como o do narrador Devair Paschoalon, mais conhecido como Deva Pascovicci, também um personagem daquela histórica campanha da Chapecoense, com  suas narrações marcantes e emoção aflorada em meio aquela trajetória, que terminou com o Atlético Nacional, equipe que faria a final com o time catarinense, reconhecendo a equipe brasileira como campeã da Copa Sul-Americana em 2016.

Homenagens foram realizadas em todo o planeta bola para reverenciar um time que entrou nas graças do torcedor brasileiro e que teve sua trajetória interrompida por conta da falta de estrutura de uma companhia aérea e da falha humana do piloto Miguel Quiroga.

Campanha de recuperação na Série B representou espírito guerreiro da Chapecoense

Com muitos problemas para montar um time competitivo pós-acidente, a Chapecoense viveu anos complicado a partir de 2016. Tendo que se remontar praticamente do zero, a Chape ainda fez um Campeonato Brasileiro seguro em 2017, terminando na 8ª colocação com 54 pontos, mas em 2019, acabou rebaixada, retornando em 2021, após brilhante trabalho desenvolvido por Umberto Louzer, hoje no Guarani. Entretanto, o time catarinense mais uma vez foi mal, terminou na lanterna da Série A em 2021, com apenas uma vitória em 38 jogos e voltou para a Série B.

Na temporada passada, a Chapecoense encerrou sua participação na Série B apenas na 14ª colocação e este ano, por pouco, não acabou descendo mais um degrau dentro do cenário nacional. A falta de um planejamento mais estruturado, tão característico do clube até 2016 e que chegou a ser inclusive um modelo aos outros times de maior expressão no Brasil, acabou deixando o Índio Condá em uma situação crítica. Na atual temporada, o time catarinense brigou durante quase todo o campeonato nas últimas posições da tabela e só conseguiu se salvar graças ao triunfo diante do Vitória, em casa, de virada, por 3 x 1 e do torpeço do Sampaio Corrêa, goleado por 4 x 1 diante do Sport e que acabou sendo o primeiro time dentro do Z4.

A saída do técnico Gilmar Dal Pozzo e a chegada de Claudinei Oliveira, na 23ª rodada da Série B, representou uma mudança de postura do time, que em meio às lembranças sempre recorrentes dos personagens que tiveram suas carreiras encerradas antes da hora no acidente do vôo Lamia 2933, incorporaram o espírito de Condá para livrar a Chapecoense de um rebaixamento à Série C, que era considerado por muitos como concreto. Nos últimos 15 jogos, a Chape conquistou cinco vitórias, quatro empates e seis derrotas, conquistou 19 dos 45 pontos possíveis, mas mesmo assim, conseguiu se manter na 2ª divisão do futebol brasileiro em 2024.

Alan Ruschel, sobrevivente da queda, superou trauma e conquistou o acesso com o Juventude

Um dos personagens do Juventude na campanha do acesso para a Série A do Brasileirão foi o lateral-esquerdo de 34 anos Alan Ruschel, um dos seis sobreviventes do acidente com a delegação da Chapecoense e que escolheu dar a volta por cima, assimilar o que aconteceu com sua vida e transformar o cenário de medo e incerteza em um combustível para se manter motivado a continuar sua carreira.

Ao final da temporada, Alan Ruschel foi fundamental na campanha que culminou no vice-campeonato da Série B, com 18 vitórias, 11 empates e nove derrotas. Uma história de superação, assim como no caso da Chapecoense, que manteve vivo o espírito do índio guerreiro de Condá, para se manter na 2ª divisão do futebol brasileiro e honrar a luta e sacrifício daqueles que transformaram a Chape em um time amado e considerado no coração daqueles que

Fonte: Vanessa Onci / Com informações da Trivela
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