Entidades frederiquenses pedem o fim da paralisação dos caminhoneiros
“A causa é justa, mas como o Governo não soube negociar com agilidade, infelizmente não serão os políticos que sofrerão com este enorme prejuízo e sim a população com a quebra de empresas, propriedades rurais e o consequente desemprego”.
Publicado em 30 de maio de 2018
Preocupadas com os reflexos que a paralisação no transporte está acarretando na economia regional, com prejuízos irreversíveis em todo setor produtivo, entidades filiadas à Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul – Federasul organizaram uma reunião com representantes do comando de greve local dos caminhoneiros. O encontro, realizado na noite desta terça-feira, 29, contou com representantes de entidades empresariais como ACIFW, CDL/FW, Sindilojas e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frederico Westphalen, Associação de Prefeitos (AMZOP) e de vereadores (ACVERMAU), Brigada Militar, Defesa Civil, secretários municipais, gerencia local da Emater e empresários.
A vice-presidente regional da Federasul, Simonia Gonçalves de Oliveira, entidade que representa boa parte da economia do estado, abriu o diálogo entre empresários e caminhoneiros destacando a relevância do movimento e da causa defendida pelos profissionais do transporte, mas também explicando que o objetivo da reunião era apresentar a grave situação que está se consolidando na economia regional com a continuidade da greve.
Cada caminhoneiro que participou da reunião se apresentou e fez um breve comentário sobre a necessidade de manter a paralisação, com a apresentação dos principais pontos da pauta de reivindicação, entre eles a redução do preço de todos os combustíveis e a criação da tabela nacional de frete, a exemplo de outras categorias.
Durante aproximadamente três horas de diálogo, empresários e lideranças expuseram com fatos e números as consequências da prolongada paralisação, chegando ao entendimento de que se está na iminência de iniciar, nos próximos dias, um processo de fechamento de empresas, demissões e quebra de propriedades rurais. “Infelizmente o governo não soube negociar, atender a causa justa dos caminhoneiros, que é de toda sociedade, mas será o povo e não os políticos quem irá pagar por este imenso prejuízo”, afirmou a vice-presidente regional da Federasul, Simonia Gonçalves de Oliveira.
“O prejuízo para o setor agrícola já é irreversível com a morte de aproximadamente 30% de plantel de aves do país e a quebra do ciclo produtivo sem a continuidade nos criatórios de novos lotes”, afirmou o empresário Vanderlei Piovesan, responsável por centenas de empregos no frigorífico de aves, que depende de dezenas de granjas integradas que estão com mortandade de animais por não receber a ração adequada.
Situação semelhante, mas com maior grau de complexidade, é a enfrentada pelos frigoríficos de suínos, que além da perda de boa parte dos animais em confinamento, também estão enfrentando o prejuízo da morte das matrizes nas granjas, animais com custo elevado e que não são de simples reposição. De acordo com Leonir Angelo Balestreri, sócio do frigorífico Adelle Foods, a morte de animais já supera os 30% e o prejuízo diário com estas perdas e de cargas que estão estragando nos caminhões parados ultrapassa os R$ 300 mil diários. “A situação é desesperadora, tanto nas granjas dos integrados, quanto nos frigoríficos de todo país”, declarou Balestreri. O empresário alertou os presentes para outro grande problema, que é a situação de emergência sanitária na região, uma vez que não há logística e nem lugar suficiente para alocar as carcaças, acarretando em grande risco para a saúde humana.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frederico Westphalen, Nadir Buzatto, afirmou que foi uma das primeiras lideranças no estado a mobilizar o apoio aos caminhoneiros, pois entende que da mesma forma que o preço do diesel inviabiliza a atividade destes profissionais também encarece a produção agrícola. “O mesmo diesel que movimenta os caminhões também é usado nos tratores, então sabemos o quanto a causa é justa, mas compreendemos, também, que é necessário avaliar que o prolongamento da paralisação irá quebrar com o setor agrícola e sem produção não há carga, não há comida para a população. Participo de movimentos sociais há várias décadas e é necessário saber o momento de parar, para evitar o desgaste e perder a força e o apoio da população”, afirmou Buzatto, afirmando que oficialmente todas as 23 centrais sindicais de trabalhadores rurais do estado retiraram seu apoio à paralisação.
O presidente da Cotrifred, Elio Pacheco, também relatou as consequências da falta de transporte e disse que, muitas vezes, a diferença entre o remédio e o veneno é a dose, e que o prolongamento do desabastecimento resultará em uma crise econômica ainda sem dimensão, prejudicando toda população.
O prefeito de Seberi, Cleiton Bonadiman, também relatou a situação do município e como muitas pessoas que apoiavam incondicionalmente a paralisação estão revendo sua posição ao constatar o impacto negativo com transtornos para toda população. Segundo o prefeito, a paralisação aumenta a difícil situação financeira dos municípios, comprometendo os serviços básicos, além da quebra de empresas.
O prefeito de Frederico Westphalen, José Alberto Panosso, também manifestou apoio aos caminhoneiros, lembrando que desde o início esteve junto aos profissionais, mas que o momento é de reflexão e saber que existe uma grande responsabilidade em manter o país produzindo, pois o prejuízo não será pago pelo Governo Federal e, sim, por toda população. Panosso fez, ainda, um apelo para que as lideranças presentes no encontro dialogassem com os demais caminhoneiros e os sensibilizassem sobre a necessidade de retomar as atividades.
Encerrando a reunião, os caminhoneiros se comprometeram em reunirem-se com os demais grevistas e discutir sobre a possibilidade de finalizar a paralisação, tornando pública a decisão em nova reunião agendada para a tarde de quarta-feira, com a presença da imprensa regional, no salão nobre da ACIFW.
A vice-presidente regional da Federasul, Simonia Gonçalves de Oliveira, entidade que representa boa parte da economia do estado, abriu o diálogo entre empresários e caminhoneiros destacando a relevância do movimento e da causa defendida pelos profissionais do transporte, mas também explicando que o objetivo da reunião era apresentar a grave situação que está se consolidando na economia regional com a continuidade da greve.
Cada caminhoneiro que participou da reunião se apresentou e fez um breve comentário sobre a necessidade de manter a paralisação, com a apresentação dos principais pontos da pauta de reivindicação, entre eles a redução do preço de todos os combustíveis e a criação da tabela nacional de frete, a exemplo de outras categorias.
Durante aproximadamente três horas de diálogo, empresários e lideranças expuseram com fatos e números as consequências da prolongada paralisação, chegando ao entendimento de que se está na iminência de iniciar, nos próximos dias, um processo de fechamento de empresas, demissões e quebra de propriedades rurais. “Infelizmente o governo não soube negociar, atender a causa justa dos caminhoneiros, que é de toda sociedade, mas será o povo e não os políticos quem irá pagar por este imenso prejuízo”, afirmou a vice-presidente regional da Federasul, Simonia Gonçalves de Oliveira.
“O prejuízo para o setor agrícola já é irreversível com a morte de aproximadamente 30% de plantel de aves do país e a quebra do ciclo produtivo sem a continuidade nos criatórios de novos lotes”, afirmou o empresário Vanderlei Piovesan, responsável por centenas de empregos no frigorífico de aves, que depende de dezenas de granjas integradas que estão com mortandade de animais por não receber a ração adequada.
Situação semelhante, mas com maior grau de complexidade, é a enfrentada pelos frigoríficos de suínos, que além da perda de boa parte dos animais em confinamento, também estão enfrentando o prejuízo da morte das matrizes nas granjas, animais com custo elevado e que não são de simples reposição. De acordo com Leonir Angelo Balestreri, sócio do frigorífico Adelle Foods, a morte de animais já supera os 30% e o prejuízo diário com estas perdas e de cargas que estão estragando nos caminhões parados ultrapassa os R$ 300 mil diários. “A situação é desesperadora, tanto nas granjas dos integrados, quanto nos frigoríficos de todo país”, declarou Balestreri. O empresário alertou os presentes para outro grande problema, que é a situação de emergência sanitária na região, uma vez que não há logística e nem lugar suficiente para alocar as carcaças, acarretando em grande risco para a saúde humana.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frederico Westphalen, Nadir Buzatto, afirmou que foi uma das primeiras lideranças no estado a mobilizar o apoio aos caminhoneiros, pois entende que da mesma forma que o preço do diesel inviabiliza a atividade destes profissionais também encarece a produção agrícola. “O mesmo diesel que movimenta os caminhões também é usado nos tratores, então sabemos o quanto a causa é justa, mas compreendemos, também, que é necessário avaliar que o prolongamento da paralisação irá quebrar com o setor agrícola e sem produção não há carga, não há comida para a população. Participo de movimentos sociais há várias décadas e é necessário saber o momento de parar, para evitar o desgaste e perder a força e o apoio da população”, afirmou Buzatto, afirmando que oficialmente todas as 23 centrais sindicais de trabalhadores rurais do estado retiraram seu apoio à paralisação.
O presidente da Cotrifred, Elio Pacheco, também relatou as consequências da falta de transporte e disse que, muitas vezes, a diferença entre o remédio e o veneno é a dose, e que o prolongamento do desabastecimento resultará em uma crise econômica ainda sem dimensão, prejudicando toda população.
O prefeito de Seberi, Cleiton Bonadiman, também relatou a situação do município e como muitas pessoas que apoiavam incondicionalmente a paralisação estão revendo sua posição ao constatar o impacto negativo com transtornos para toda população. Segundo o prefeito, a paralisação aumenta a difícil situação financeira dos municípios, comprometendo os serviços básicos, além da quebra de empresas.
O prefeito de Frederico Westphalen, José Alberto Panosso, também manifestou apoio aos caminhoneiros, lembrando que desde o início esteve junto aos profissionais, mas que o momento é de reflexão e saber que existe uma grande responsabilidade em manter o país produzindo, pois o prejuízo não será pago pelo Governo Federal e, sim, por toda população. Panosso fez, ainda, um apelo para que as lideranças presentes no encontro dialogassem com os demais caminhoneiros e os sensibilizassem sobre a necessidade de retomar as atividades.
Encerrando a reunião, os caminhoneiros se comprometeram em reunirem-se com os demais grevistas e discutir sobre a possibilidade de finalizar a paralisação, tornando pública a decisão em nova reunião agendada para a tarde de quarta-feira, com a presença da imprensa regional, no salão nobre da ACIFW.
Fonte: Bruna Casali / JornalismoBarrilFM com informações ASCOM
Comentários
Últimas Notícias
Saúde
Governo federal libera vacinas da dengue próximas do vencimento
Publicado em 18 de abril de 2024
Policial
Justiça mantém prisão de mulher que levou cadáver para uma agência bancária
Publicado em 18 de abril de 2024
Variedades
Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 72 milhões
Publicado em 18 de abril de 2024
Variedades
Apostas online só poderão ser pagas por PIX, transferência ou débito
Publicado em 18 de abril de 2024
Economia
13º de aposentados do INSS começará a ser pago na semana que vem; gaúchos receberão R$ 5,6 bi
Publicado em 18 de abril de 2024
Frederico Westphalen
Qualificação do atendimento a bebês no HDP é discutida em reunião com a Secretaria Estadual da Saúde
Publicado em 18 de abril de 2024
Policial
Polícia prende seis suspeitos de caça ilegal no RS
Publicado em 17 de abril de 2024
Economia
Caixa começa a pagar Bolsa Família de abril
Publicado em 17 de abril de 2024
Geral
Papa Francisco recebe convite para visitar o RS em 2026
Publicado em 17 de abril de 2024
Policial
Mulher leva morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo de R$ 17 mil
Publicado em 17 de abril de 2024