Uma suposta paralisação dos caminhoneiros em protesto contra a prisão de Jair Bolsonaro e pela anistia está sendo anunciada por apoiadores do ex-presidente para a próxima esta quinta-feira (4). Líderes da categoria, no entanto, negam que vá haver greve e rejeitam a utilização dos motoristas com objetivos políticos.
Em vídeo divulgado na segunda-feira (1º), Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), conhecido como Chorão, criticou o possível uso político da categoria.
“Quem estiver insatisfeito que vá para a rua fazer seu movimento. Mas usar o transporte rodoviário de cargas, usar o caminhoneiro que sofre tanto para levantar um movimento para defender político A ou político B eu não concordo e não vou compactuar”.
Também Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), não acredita em paralisação em defesa de Bolsonaro.
Mas Litti concorda com outras reivindicações anunciadas, como o estabelecimento do piso mínimo do caminhoneiro e a volta da aposentadoria especial da categoria, entre outras exigências.
Chorão afirma que o único tipo de paralisação que poderia haver seria de caminhões de propriedade de empresários do agro, mas não de motoristas autônomos.
A repercussão da convocação de greve pela anistia de Bolsonaro foi bastante negativa nas redes sociais, a julgar pelo grande número de vídeos gravados por caminhoneiros negando que vá haver paralisação e fazendo duras críticas ao ex-presidente e seus apoiadores.