Unidos pela Cura reduz tempo para diagnóstico de câncer infantojuvenil
Publicado em 11 de junho de 2019
No período de 2009 a 2018, o Unidos pela Cura (UPC), iniciativa do Instituto Desiderata em parceria com os governos federal, estadual e municipal do Rio de Janeiro, conseguiu que 90% dos casos suspeitos de câncer infantojuvenil nos postos de saúde ou clínicas da família fossem encaminhados para hospitais especializados do Sistema Único de Saúde (SUS) em até 72 horas.
A diretora-geral do Instituto Desiderata, Roberta Marques, informou hoje (10) à Agência Brasil que há cerca de 14 anos, antes da criação da iniciativa Unidos pela Cura (UPC), o tempo médio entre os primeiros sintomas e o início do tratamento de câncer em crianças e adolescentes era de 60 dias. Hoje, 90% das cerca de 1.570 crianças e adolescentes encaminhados pelo cartão do UPC com suspeita de câncer tiveram a consulta agendada em até 72 horas em hospitais especializados. "É um número bem rápido", comentou Roberta.
Desse total, 10% tiveram comprovado o câncer, 25% tinham outras doenças graves que precisavam de encaminhamento especializado e o restante não tinha nada sério e voltou para a atenção básica de saúde. Lembrou que muita criança com câncer não passa pelos postos de saúde ou clínicas de família, mas são levados diretamente pelos pais aos hospitais porque apresentam sangramentos e outros sintomas que são mais fáceis de serem diagnosticados.
Causa de morte
O câncer infantojuvenil é a primeira causa de morte em crianças e jovens de zero a 18 anos de idade, no Brasil. Mas, se for diagnosticado a tempo, tem muita chance de cura. "O diagnóstico precoce é crucial para a melhoria e as chances de cura do tratamento". Em outros países, as chances de cura do câncer infantojuvenil atinge cerca de 90% a 95%, dependendo do tipo de tumor, observou a diretora. "O prognóstico é muito bom".
Ao mesmo tempo que a doença avança muito rápido, porque acomete as células que nas crianças e jovens se desenvolvem rapidamente, eles também se recuperam muito rápido se o câncer for diagnosticado cedo, diferente do câncer em adultos, explicou. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 12.500 novos casos de câncer em crianças e adolescentes surgem por ano no país, sendo 630 no estado do Rio de Janeiro e 250 na capital fluminense.
Capacitação
O Instituto Desiderata é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, fundada há 15 anos no Rio de Janeiro, que atua em conjunto com gestores públicos e organizações buscando soluções que garantam a prevenção, diagnóstico e cuidado tempestivos para a saúde de crianças e adolescentes. Desde sua criação, o Desiderata trabalha para mudar a realidade do câncer infantojuvenil no Rio de Janeiro.
O principal fator que contribuiu para a redução do tempo do diagnóstico do câncer infantojuvenil foi a capacitação dos profissionais de saúde proporcionada pelo instituto. Como o câncer é uma doença de baixa prevalência, ou seja, não acontece toda hora, os sinais e sintomas são muito parecidos com outras doenças. A combinação desses fatores faz com que o profissional, às vezes, não suspeite que aquele sintoma possa ser câncer. "É preciso uma capacitação que alerte o profissional que aquele sintoma pode ser câncer e deve ser investigado". Roberta Marques defendeu que o profissional precisa estar atento e encaminhar o paciente mais rápido para investigação. "Chega mais rápido e tem um tratamento com mais chance de cura".
Cartão de acesso
Roberta destacou que mesmo que a unidade de saúde não tenha sido capacitada, todos os postos têm o cartão da Unidos pela Cura pelo qual podem acessar o sistema para encaminhar a criança aos hospitais especializados em até 72 horas.
Até agora, já foram capacitados 3.632 profissionais do estado do Rio de Janeiro, o que corresponde a 30% das equipes de saúde da família. "O instituto está super animado, porque a capacitação começou na capital e seguiu para Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana". Recursos conseguidos pela instituição vão financiar a qualificação dos profissionais de saúde nos próximos dois anos, no restante do estado, informou a diretora."A gente vai capacitar 1.600 profissionais nos 92 municípios, para tentar ter uma abrangência um pouco maior. Vamos semeando essa sensibilização nos demais municípios para ver se conseguimos ter mais sucesso".
A meta do Instituto Desiderata para o biênio 2019/2020 é contribuir para esse avanço, monitorando a implantação do Plano Estadual de Atenção Oncológica.
A diretora-geral do Instituto Desiderata, Roberta Marques, informou hoje (10) à Agência Brasil que há cerca de 14 anos, antes da criação da iniciativa Unidos pela Cura (UPC), o tempo médio entre os primeiros sintomas e o início do tratamento de câncer em crianças e adolescentes era de 60 dias. Hoje, 90% das cerca de 1.570 crianças e adolescentes encaminhados pelo cartão do UPC com suspeita de câncer tiveram a consulta agendada em até 72 horas em hospitais especializados. "É um número bem rápido", comentou Roberta.
Desse total, 10% tiveram comprovado o câncer, 25% tinham outras doenças graves que precisavam de encaminhamento especializado e o restante não tinha nada sério e voltou para a atenção básica de saúde. Lembrou que muita criança com câncer não passa pelos postos de saúde ou clínicas de família, mas são levados diretamente pelos pais aos hospitais porque apresentam sangramentos e outros sintomas que são mais fáceis de serem diagnosticados.
Causa de morte
O câncer infantojuvenil é a primeira causa de morte em crianças e jovens de zero a 18 anos de idade, no Brasil. Mas, se for diagnosticado a tempo, tem muita chance de cura. "O diagnóstico precoce é crucial para a melhoria e as chances de cura do tratamento". Em outros países, as chances de cura do câncer infantojuvenil atinge cerca de 90% a 95%, dependendo do tipo de tumor, observou a diretora. "O prognóstico é muito bom".
Ao mesmo tempo que a doença avança muito rápido, porque acomete as células que nas crianças e jovens se desenvolvem rapidamente, eles também se recuperam muito rápido se o câncer for diagnosticado cedo, diferente do câncer em adultos, explicou. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 12.500 novos casos de câncer em crianças e adolescentes surgem por ano no país, sendo 630 no estado do Rio de Janeiro e 250 na capital fluminense.
Capacitação
O Instituto Desiderata é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, fundada há 15 anos no Rio de Janeiro, que atua em conjunto com gestores públicos e organizações buscando soluções que garantam a prevenção, diagnóstico e cuidado tempestivos para a saúde de crianças e adolescentes. Desde sua criação, o Desiderata trabalha para mudar a realidade do câncer infantojuvenil no Rio de Janeiro.
O principal fator que contribuiu para a redução do tempo do diagnóstico do câncer infantojuvenil foi a capacitação dos profissionais de saúde proporcionada pelo instituto. Como o câncer é uma doença de baixa prevalência, ou seja, não acontece toda hora, os sinais e sintomas são muito parecidos com outras doenças. A combinação desses fatores faz com que o profissional, às vezes, não suspeite que aquele sintoma possa ser câncer. "É preciso uma capacitação que alerte o profissional que aquele sintoma pode ser câncer e deve ser investigado". Roberta Marques defendeu que o profissional precisa estar atento e encaminhar o paciente mais rápido para investigação. "Chega mais rápido e tem um tratamento com mais chance de cura".
Cartão de acesso
Roberta destacou que mesmo que a unidade de saúde não tenha sido capacitada, todos os postos têm o cartão da Unidos pela Cura pelo qual podem acessar o sistema para encaminhar a criança aos hospitais especializados em até 72 horas.
Até agora, já foram capacitados 3.632 profissionais do estado do Rio de Janeiro, o que corresponde a 30% das equipes de saúde da família. "O instituto está super animado, porque a capacitação começou na capital e seguiu para Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana". Recursos conseguidos pela instituição vão financiar a qualificação dos profissionais de saúde nos próximos dois anos, no restante do estado, informou a diretora."A gente vai capacitar 1.600 profissionais nos 92 municípios, para tentar ter uma abrangência um pouco maior. Vamos semeando essa sensibilização nos demais municípios para ver se conseguimos ter mais sucesso".
A meta do Instituto Desiderata para o biênio 2019/2020 é contribuir para esse avanço, monitorando a implantação do Plano Estadual de Atenção Oncológica.
Fonte: Agência Brasil
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