A defesa do vereador Paulo Ivan Baptista Landfeldt, 47 anos, preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento da mulher Sandra Mara Lovis Trentin, 48 anos, fez novo pedido para que ele seja solto. Desde 23 de fevereiro, ele está recolhido no Presídio Estadual de Palmeira das Missões.

A solicitação ocorre após outro suspeito preso, um jovem de 22 anos que não teve o nome divulgado, mudar sua versão sobre o caso. O rapaz chegou a confessar ter sequestrado e matado a contadora supostamente a mando do marido, mas o corpo não foi localizado.

Agora, voltou atrás e inocentou Landfeldt. O desaparecimento de Sandra, moradora de Boa Vista das Missões, no norte do Estado, completa 37 dias sem desfecho. No novo depoimento, em 1° de março, o jovem nega que tenha assassinado a contadora. Ele relata que soube do sumiço dela por uma vizinha em Vicente Dutra, onde mora. Depois disso, teria decidido extorquir o vereador ao mentir que sabia do paradeiro de Sandra. Ele contou ainda que teria recebido R$10 mil em troca dessas informações.

Após tomar conhecimento da nova versão do jovem, o advogado João Batista Pippi Taborda encaminhou, na noite de quarta-feira, pedido de habeas corpus para o vereador ao Tribunal de justiça, sem decisão até ontem a noite.

Essa extorsão foi delatada por Landfeldt. Foi até a delegacia de polícia quando obteve provas concretas que estava sendo extorquido. Quando foi preso (o jovem de 22 anos) deu um depoimento totalmente dissonante com as provas do inquérito. Esse depoimento de agora nada mais é do que uma forma de reestabelecer o que Landfeldt sempre disse: a verdade, argumenta o advogado.

Também na quarta-feira, a Policia Civil informou que obteve da Justiça autorização para prorrogar por mais 30 dias as investigações.